quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Reflexões de ano velho

Comecei 2014 com um desejo muito comum nestes últimos 4 anos: viajar.

Meus planos eram voltar pra Europa, conhecer Itália ou Espanha, próximos países da lista. Voltar ao meu querido Chile...

Nada disso aconteceu.

Foi o ano que menos viajei. Apesar de ainda ter viajado. Conheci Fortaleza, voltei ao Rio (no Carnaval, não recomendo), retornei a Campos e fui novamente a Machu Picchu realizar um dos sonhos da minha mãe. Fora Bragança, Mogi, Piracicaba e Praia Grande que passaram a ser parte da rotina.

Nem sempre as coisas acontecem como planejamos. Mas, isso não quer dizer que elas não acontecem como deveriam. Ou que sejamos menos felizes por não terem ocorrido de acordo com nossos desejos.

Juntei meus trapinhos com meu amor. Ou seja, saí do conforto da casa dos meus pais, onde tinha tudo pronto e quase não tinha gastos e fui viver as dificuldades de uma vida, de fato, adulta. Comprei um carro.

Não tinha nenhum desejo de começar a fazer planilha de gastos. Mas esta se tornou extremamente necessária neste ano. Ou o orçamento não dá. E esta, nunca foi uma das minha preocupações na vida. Mas passou a ser.

Também não tinha vontade nenhuma de virar dona de casa. Aliás, acho que sempre tive horror disso. Mas não tem jeito. Quando você tem sua casa, você quer tudo limpinho, arrumadinho, bonitinho. E não vai ter faxineira no mundo que faça do jeito que você acha que deve ser feito. Pra isso, só você mesmo pegando a vassoura, aspirador, três mil produtos de limpeza, esfregar, esfregar, esfregar... Tudo isso, trabalhando fora também (serviço de casa é muito pior, sou obrigada a concordar, mamis).

Não me imaginei comprando um caderno de receitas e começar a cozinhar. Tá certo, cozinha não é meu ponto forte. Mas, de vez em quando, é bom fazer alguma coisinha diferente e deixar seu namorado feliz. Aprendi a fazer risoto, suflê, em breve sairá uma torta, e pretendo continuar aprendendo a partir de agora.

Ficar em casa. Eu tinha faniquito. Não suportava a idéia de passar um sábado dentro de casa. Mas hoje não é tão difícil assim. Aliás, nada mais gostoso do que assistir um filminho e tomar um vinho do lado do seu companheiro, no seu sofá novo, na sua própria casa.

Enfim, 2014 certamente não saiu como o planejado. Aliás, nem sonhado foi. Mas com certeza, nunca me senti tão feliz como me sinto hoje: quebrada, cansada, com as unhas estragadas, sem viajar (e sem planos pra isso). Mas as pessoas que hoje me rodeiam tornam tudo isso pequeno, diante do simples de estar com elas.

Pra 2015 não quero fazer planos. Vou apenas viver a vida como ela se apresentar a mim. Porque, sinceramente, não posso reclamar do que ela tem me presenteado.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Chegando aos 31

Eu sempre escrevo aqui no meu aniversário. Sei lá porque eu sempre fico ansiosa pra esse dia. Sim, dia que eu fico mais velha (ou num básico eufemismo, mais experiente).

Este ano achei que não ia escrever. Não me sinto assim dessa vez. Ansiedade pra chegar o aniversário pra quê? É um dia como qualquer outro do ano. Não, não acontecerá nada de especial nessa data. Eu vou levantar no horário de sempre, ir trabalhar, ir treinar, ir dormir, como faço todos os dias.

Mas sei lá, bateu a inspiração de repente.

O que eu aprendi até aqui?

A não dizer o que eu sinto. Seja pro bem, seja pro mal. Ninguém precisa saber o que se passa dentro de mim. Se eu gosto ou desgoto, se eu tenho raiva, se eu amo, se estou insatisfeita. Guardar as coisas faz menos estrago.

A não esperar, a não criar expectativas, a não ser ansiosa. Ok, essa parte ainda é bem difícil pra mim. Até porque ser ansiosa faz parte da minha natureza. Mas eu percebi que quando eu me esforço a não esperar, as surpresas são mais agradáveis. Antes ser supreeendida positivamente do que ter certeza de uma decepção.

E mais que tudo age is just a number. O que importa é o jeito como encaramos a vida. Tem que ser de braços abertos, não importa o número que nos segue. Estar aberto a novas experiências, a novos caminhos. A ter sempre a disposição pra recomeçar. Porque a vida é isso, levanta, cai, levanta, cai. E não importa o quanto de tempo que leva entre o levanta-cai-levanta. O importante é não parar!


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O dia em que eu NÃO escalei um vulcão

Começo este post dizendo que quando eu imaginei escrevê-lo, não era esse o título que eu queria dar para ele. O título, obviamente seria "O dia em que eu escalei um vulcão" e seria sobre como eu consigo ultrapassar todos os desafios que eu me imponho.

Mas não foi bem assim que aconteceu.

Tudo começando indo pro Chile (de novo) e pro Atacama (de novo!!). Sim, de novo! Porque? Gente, não me perguntem porque eu gosto de um deserto. E acreditem, se puder, irei voltar novamente! Aquela terra é o lugar mais impressionante do mundo (que eu já conheci). Me sinto bem lá, me sinto acolhida... Não sei!


Bom, como era minha segunda vez lá, queria fazer coisas que não tinha feito da primeira vez. E as coisas q tinha feito tbm (tirando os Geisers de Tatio, porque vamos combinar que eu não tava mto a fim de passar uma friaca de -10ºC em pleno verão, congelando o cérebro, não sentindo as pontas dos dedos, etc, etc, etc...).

Então resolvi que tinha que ir de novo ao Vale da Lua e Vale da Morte, onde parece que estamos em outro mundo e o pôr do sol é o mais bonito que eu já vi (e eu curto por do sol, vocês sabem!). Tinha que voltar ao Salar de Atacama para ver seus flamingos... E voltar a ver a pintura à óleo das Lagunas Altiplanicas...


Também decidi que queria conhecer o Salar de Tara. E cara. Ainda bem que eu fui. Imagina um lugar totalmente offroad, que você anda com o carro sem estrada nenhuma, totalmente no deserto, parecendo que vai cair no horizonte. Mas que depois de tanta aventura, sobe e desce, pó e areia, se tem a visão do paraíso. Flamingos do Salar de Atacama? São bonitos, sim, claro. Mas nem se comparam aos do Salar de Tara. São muitos... Mas nem as palavras e nem as fotos traduzem o que se sente quando vc chega lá.


Resolvi que iria encarar a Laguna Cejar. Eu tenho um negócio com água fria. Tipo, não suporto! Mas arrisquei porque queria saber como é flutuar num lugar de densidade semelhante ao do Mar Morto. Sim, ela é atolada de sal! E é muito divertido boiar nela, mesmo não sendo a água mais quentinha do mundo. É engraçado sair dela completamente branca do sal! De quebra, fui ver os Ojos del Salar que são como lagoinhas profundas no meio do Salar de Atacama e a Laguna Tebinquinche, que no meio do nada tinha um sinal de wifi. Mas fiquei abestada com a paisagem branquinha, branquinha. Claro, de sal.



Mas, o que eu mais queria fazer e eu encasquetei que iria tentar de qualquer jeito era escalar um vulcão. Não era escalar, escalar, era mais como subir uma pequena montanha. Uma pequena montanha de 400m de altitude cuja base ficava já ficava a 5.200m de altitude.

Conversei com meu guia, falei que nunca tinha feito isso antes. Ele sugeriu que deveria começar pelo Vulcão Cerro Toco, que tinha uma subida mais suave. Que com sorte eu veria neve no topo. Mas que eu teria que me preparar, que não era uma coisa fácil, que ia ser frio (ele me emprestou roupas térmicas que eu não tinha).

Acordei cedinho e bora pro vulcão. Eu fiquei nervosa, verdade. Com medo de não conseguir, com medo de passar mal, sei lá, simplesmente receosa. Quando chegamos olhei pro Cerro Toco e pensei comigo mesma: "Ahhhh... Tá de boa! Eu nunca tive nada em altitude, nem aqui no Atacama, nem em Machu Picchu, só ir com calma que eu consigo".

A instrução era: caminhar 10 mins pra 2 mins de descanso (e eu pensei: bom, tá melhor que os intervalos que o Juan dá na aula de boxe!).

E começamos a caminhada. E os primeiros 10 mins foram um dos piores na minha vida. Meu coração começou a bater muito rápido, eu achei que fosse saltar pela boca. Mas eu resisti até o descanso. Sentei numa pedra ofegante e comecei a pensar se seria assim todo o caminho. Logo estava levantando de novo. Meu guia falou para andar bem devagar. E fui. Essa segunda estirada foi mais fácil e tranquila, não senti nada. Sentamos pra descansar de novo.

E veio a terceira estirada. Não sei precisar quanto tempo ela durou. Mas a minha impressão é que nos meus dois primeiros passos tudo se apagou e eu senti uma falta de ar muito grande. Lembro de tentar continuar andando a todo custo. Mas parei e pensei: "Hey, eu não tenho que provar nada pra ninguém. Eu sei quem eu sou. Eu cheguei até aqui, quantos chegaram?". Falei pro meu guia que não aguentava mais, que precisava parar. E desisti.


Fiquei um pouco decepcionada comigo mesma. Eu queria ter visto a neve no topo do vulcão. Mas o desafio que eu me impus era grande demais, muito maior do que eu imaginava. Mas, assim como eu aprendi a ultrapassar meus limites, eu também aprendi quais eles são. E que não é vergonha nenhuma se ater a eles.

A gente tem que aprender quando continuar e quando parar. Parar não é o fim do mundo. Talvez seja a chance de continuar a fazendo tudo que já se faz. Ou repensar para tentar fazer de outro jeito ou pensar num modo melhor de fazê-lo.

Meu limite foi o Vulcão Cerro Toco. Mas eu não desisti! Ainda volto pra tentar de novo! ;)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012 - Parte 2 - O Melhor do Ano

Muitas vezes temos pessoas na nossa vida que se auto-entitulam (não sei se tem hífen ou não!) "amigos de infância". Sim, aqueles que supostamente te acompanham em tudo o que você faz, desde que você se conhece por gente, que te chamam de "irmãos por escolha", etc, etc. 

Então, eu achava que tinha uma dessas até este ano, quando por motivos que não convêm aqui relatar percebi que ela não era tão irmã assim minha. Ok, 25 anos de amizade jogados no lixo. Mas, até aí, não foi um "rompimento" brusco. Foi uma amizade que foi morrendo aos poucos, por falta de interesse de uma das partes (porque a outra também cansou de correr atrás - eu). Então não foi nada traumatizante.

Em contrapartida, nesta mesma época, acabei conhecendo pessoas que ao longo do ano descobri serem maravilhosas. Pessoas com quem eu saí pra balada, pro barzinho, pro cinema, pro teatro, pra roubadas e até pra viajar.

Pessoas que quando eu precisei, estavam do meu lado, ouvindo minhas reclamações, me aguentando ser chata e tendo meus piripaques, me confortando, me ajudando (inclusive com um furto de celular numa terra inóspita - Buenos Aires! Kkkkkk), me fazendo rir... E quando eu não precisei, também estavam do meu lado, nem que fosse só pra dar uma simples volta no shopping pra bater um papo, contar as novidades da semana.



Eu sei que um dos meus grandes defeitos é me apegar rápido às pessoas. Outro é esperar muito delas. Mas essas pessoas que eu conheci me deram tudo o que eu mais quis na vida até hoje: me encaixar em algum lugar na vida.

Eu tive uma adolescência difícil. Eu não era a menina mais querida da escola. Aliás, eu não era querida de forma nenhuma. Eu era deixada de lado até mesmo por aqueles que se diziam meus amigos. Não existia esse negócio de bullying na proporção que existe hoje. Ninguém nunca me passou a mão na cabeça porque eu era maltratada (sim, eu não era simplesmente ignorada. Adolescentes, quando querem, sabem ser cruéis). Nem mesmo quando eu cheguei a ser agredida por um marmanjo dentro das dependências da minha querida escola.

E logo que eu saí de lá, eu comecei a namorar. E essa é uma história mais do que batida aqui (pra quem costuma ler o blog). Enfim... E nesse namoro eu desisti da minha vida pra viver a vida do meu parceiro, largando os poucos amigos que eu tinha. Passei a ser amiga dos amigos deles. Mas sempre fica aquela dúvida: "eles gostam de mim por mim, ou por ser a namorada dele"?. Hoje eu sei que, pelo menos alguns deles, gostam de mim, por mim, porque mantiveram a amizade e o contato até hoje.

Enfim, eu nunca tive o que essas pessoas que eu conheci neste ano me deram: o sentimento de beloging. De saber que alguém (além da minha família, claro), se preocupa comigo. De ser convidada pros programas, seja um simples cinema, ou uma mega viagem. Ou simplesmente pra jogar uma conversa fora no chat do facebook. Ou pra perguntar simplesmente se eu estava bem e precisando de alguma coisa. Essas pessoas grudaram em mim quando tentei afastá-las. Elas perguntavam "tá tudo bem?" esperando para ouvir a resposta.

Estas pessoas sim me fizeram me sentir querida. Seja pela companhia pessoal/virtual de todo dia, seja pra me ligar e me desejar boa viagem em todas as vezes que eu viajei sozinha este ano.

Isso em menos de um ano. Em um ano, eu conheci meus novos "amigos de infância". E este, sem a menor sombra de dúvida, foi o melhor presente que eu ganhei este ano! A ponto de pessoas que conheceram nós juntos, se surpreenderem de nos conhecermos há tão pouco tempo.

Obrigada a todos vocês! Amo vocês!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Interlúdio

Um fato sobre mim: eu me apego muito. Tanto às coisas, quanto às pessoas. Tenho ursinhos de pelúcia da minha idade (ou seja, mais velhos do que muita gente que eu conheço!). Um ganhei quando nasci. O outro, foi meu primeiro presente de fim de ano. O último, que vira e mexe me faz companhia durante o sono, ganhei do meu irmãozinho querido, quando ele nasceu.

Talvez eu dê significado demais às coisas (e às pessoas), mais do que elas merecem e que muitas vezes, perdem esse significado durante o tempo e deviam ser jogadas no lixo. Mas eu tô lá, guardando todas elas.

Atualmente me encontro muito apegada a uma coisa que devia jogar fora, porque se desgastou. Mas que eu ainda estou cheia de sentimentos por ela. Minha sapatilha vermelha.

Sei que parece bobo. Ainda mais pra mim que de 5 em 5 minutos tô comprando um sapato novo. Mas a sapatilha vermelha é toda especial!

A começar de quando eu a comprei. Estava eu lá no shopping, um pouco antes de viajar pra Buenos Aires sem intenção nenhuma de comprar sapatos (juro!). Mas aí minha querida amiga Evi entrou na loja à busca de botas. E eu a acompanhei. Resultado: nada de botas e as duas saíram de lá com a mesma sapatilha, na mesma cor, no mesmo número.

E a partir de então, ela quase não saiu do meu pé!

Porque ela é tão importante? Ela esteve comigo em todos os lugares que eu fui. Foi comigo andar pela Nove de Julio e visitar o obelisco em Buenos Aires. Perambulou comigo pela Oxford Street, pelo British Museum e pelos Parques de Londres. Pisou comigo no Louvre, nos Jardins de Versailles e Luxemburgo e por várias ruas de Paris. Penou comigo no trajeto Lisse-Amsterdã, caminhando até o ponto de ônibus, até o trem e da Centraal Station até onde queria chegar. Deu seus rolês em Cuzco. Sambou pela cidade Maravilhosa (pelo menos tentou né?). Sem contar que me carregou pro trabalho e pra vários passeios aqui por São Paulo mesmo!


Como me desfazer de algo que me acompanhou em tão bons momentos? Que me fez tão boa companhia? É verdade que depois de tanto uso ela ficou campenguinha (pra não dizer destruída!).


A verdade é que, apesar de tudo, temos sempre que limpar o velho pra deixar o novo entrar. Seja com coisas ou com pessoas.

Quanto à minha sapatilha, ela estará eternizada na memória e nas fotos! Mas tá na hora dela ter seu merecido descanso! E de eu comprar um par de sapatilhas novas! ;)

Nota da autora: Interlúdio é um intervalo entre dois grandes atos. Meu primeiro grande ato foi minha retrospectiva sobre as minhas viagens! O segundo grande ato está por vir! ;)

domingo, 9 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012 - Parte 1 - Viagens

Deixa eu ver a frase que mais ouvi esse ano... "Nossa Fefa, você vive de férias". Ou talvez tenha sido: "Nossa Fefa, você só viaja!". Hummmm... Queria viver de férias, só viajando! Mas não é bem assim! Verdade, viajei muitoooooo esse ano. Admito, tirei a barriga da miséria! Mas eu me devia isso, pra cada ano perdido, uma viagem! ;)

Comecei o ano em Mongaguá. O que eu prefiro nem comentar. Mas acredito que se lá não é o inferno, com certeza é a filial aqui na Terra! Na mesma semana, voltando de Mongaguá, fui pra Camburi com duas amigas. Acampar. Sim, eu acampei. Quando eu vou fazer isso de novo? Provavelmente nunca! Maaaas... Valeu a pena sim, ficar acampada um dia só pra aproveitar um belo dia de sol na praia!


Viagem seguinte: Ilha de Páscoa, Easter Island, Isla de Pascua, Rapa Nui. Como eu gostei de lá! Mas fiquei lá o tempo necessário: 4 dias. Mais do que isso ia enjoar. Porque por mais instigantes, misteriosos e interessantes que sejam, os moais enjoam uma hora ou outra. Foi a primeira vez que eu vi um vulcão de pertinho (a primeira vez que vi um vulcão foi no Atacama, mas foi de longe). Foi onde eu aprendi a comer camarão! E ganhei uma amiga com quem falo até hoje e é uma pessoa espetacular! (Sol, adoro vc e sua mamis!). (Escrevi sobre isso aqui: http://fefamind.blogspot.com.br/2012/05/fantasy-island.html)


Depois, Buenos Aires! Depois de tantas viagens sozinha, minha primeira viagem acompanhada de duas grandes amigas! Olha, posso ter conhecido lugares belíssimos, muito mais que Buenos Aires! Mas esta, por enquanto (ainda tenho duas viagens pela frente), foi a melhor viagem do ano! A cidade eu já conhecia, então não houveram muitas novidades. Mas foi a primeira vez que fiquei num hostel. E agradeço todos os dias por ter ficado lá! Conheci uma pá de pessoas, diferentíssimas! Umas que eu converso até hoje e vou lembrar sempre com carinho e guardar no coração. Outras, nem tanto! Mas acontece! ;) Enfim, nem ter o iPhone surrupiado por um porteño maldito estragou a viagem! E o que eu sempre digo: o que aconteceu em Buenos Aires, fica em Buenos Aires, mas eu e minhas amigas ainda rimos muito quando lembramos de tudo! (Escrevi sobre isso aqui: http://fefamind.blogspot.com.br/2012/08/buenos-aires-te-quiero.html)


Europa... Ahhhhh Europa! Meu grande sonho realizado! Ainda não fui pro meu destino mais desejado (a Grécia!). Mas, Londres, Paris e Amsterdã deram conta do recado! Londres é definitivamente a cidade que eu gostaria de morar. Multicultural, rápida e funcional! Underground, underground... Como eu te amo! Mas amo também o metrô de Paris, que funciona tão bem quanto. Só que, Paris é muito linda pra ficar se andando de metrô. É mais gostoso andar a pé mesmo, observando uma cidade completamente histórica. Torre Eiffel, acho que até hoje é meu monumento preferido! E antes de continuar, tenho que fazer a menção honrosa à maravilhosa família de Aracaju que me acolheu e me fez companhia enquanto estávamos nos mesmos destinos! E Amsterdã, ô povo simpático! Por mais que tenha sido mega corrido (porque a minha agente fez a c***da de me colocar numa cidade 1:30hs de distância), adorei! Passeei de barquinho nos canais, comi no Hard Rock Cafe a primeira vez na vida! E percebi que ser "tudo liberado" não resulta necessariamente em caos. Daria certo aqui no Brasil? Sinceramente, acho que não. É uma questão cultural que requer uma maturidade do povo, o que nós não temos. (Escrevi sobre isso aqui: http://fefamind.blogspot.com.br/2012/09/realizando-sonhos.html)


Cusco/Machu Picchu! Outro destino exótico da minha lista, checked. Não consigo escrever muitas linhas sobre lá. Ainda não sei se é bloqueio mental ou se é simplesmente porque é tão incrível que não existem palavras que expliquem. Tempo curto para conhecer tudo, foi cansativo, mas lindo! Apesar de que haviam horas de cansaço tão grande que já não conseguia mais nem sorrir pra foto! Ganhei Lima de brinde. Amei, quero voltar com calma! Aliás, ainda faz parte dos meus planos fazer uma viagem: Cusco/Machu Picchu - Linhas de Nazca, Lago Titicaca (o qual eu sobrevoei e falei: noooossa, é tão grande que parece mar) - Copacabana (não é Rio, é Bolívia!) - La Paz - Salar de Uyuni - Atacama. Preciso de um amigo aventureiro como eu como companhia! Alguém me acompanha? (Escrevi sobre isso aqui: http://fefamind.blogspot.com.br/2012/11/aventurando-pelo-mundo.html)




Rio de Janeiro... O Rio de Janeiro continua lindo, mesmo debaixo de chuva! E mesmo com sumiços repentinos! Enfim... Dessa vez deu pra conhecer o Rio um pouco melhor. Pra começar, ficamos em Copacabana, pertinho da praia! Deu pra bater um papo com Drummond, fazer um touch com Caymmi e conhecer  o Forte de Copacabana, que tem uma vista linda! Sugar Loaf, meu lugar preferido, com a vista mais bonita de todas, infelizmente, nublada. Noite na Lapa com direito à passeata de mendigo batendo lata. Crixxxto encoberto, descoberto, cheio de gente mal educada em volta. Lagoa Rodrigo de Freitas com a Árvore de Natal semi montada. Caminhada no Leblon (ahhhh Leblon!). Por fim, uma prainha com mergulho no mar (com escândalo no mar, né Evi?), um pingo de sol, shopping de canga, biquíni e chinelo e Jardim Botânico.

 

O ano tem 365 dias. Minhas viagens duraram cerca de 60 dias (entre férias, feriados e fins de semanas! Não, eu não tenho 60 dias de férias, por mais que eu quisesse ou merecesse). Mas me deram muito mais que uma vida! "Viajar é mudar a roupa da alma", já dizia Mario Quintana. É exatamente isso: é capacidade que te dá de rever a vida, de rever conceitos, dogmas que você mesmo criou para você. É a possibilidade que você tem de mudar depois de ter vivido algo diferente. Se eu vou deixar de viajar? Jamais! Espero que no ano que vem tenha muitas outras! =)

domingo, 25 de novembro de 2012

E o Rio de Janeiro Continua Lindo...

Tenho que confessar. Desde que me conheço por gente não curto o Rio. E muito menos os cariocas. Coisa de paulixxxta. Quer dizer, não CURTIA (pronto cunhadinha, fica brava comigo não! ;)).

Esta história mudou no ano passado, quando eu fui pro Rio pela primeira vez assistir ao my beloved Sir Paul McCartney e seu conserto na Cidade Maravilhosa. E como é maravilhosa. Voltei de lá amando!

Tive a oportunidade de voltar este ano pra lá. Desta vez com um grupo de amigas (às vezes mais divertido, às vezes mais dificultoso de decidir as coisas, entretanto, apesar da correria e do cansaço, o saldo foi positivo). Desta vez pude ver e conhecer muito mais que no ano passado. Já que no ano passado, o foco da minha companhia de viagem era Paul, Paul, Paul, Paul, Paul (ok, eu gosto dele, mas estou numa cidade diferente, logo, quero conhecer!).

Nossa viagem começa dentro do táxi rumo à Rodoviária. Pois, optamos de livre e espancada vontade a ir de busão, mesmo com seis horas (menos que Tupã, vai!) de viagem (Tempo é dinheiro. Neste caso, mais tempo, menos dinheiro!). Apaguei completamente e não vi nadica de nada, quando acordei, já estava no Rio (brigada pelo remédio santo Paulets!).

Ficamos num hotel em Copacabana e chegamos lá por volta das 7hs da manhã, mortas de fome. Logo, first thing: tomar café e ir pra praia! \o/

Ir pra praia foi algo que não fiz na minha primeira visita ao Rio (Ssim, e toda vez que eu conto isso segue-se a frase "como assim???"). Então tava feliz porque ia conhecer um dos pontos mais famosos e badalados do mundo: a praia de Copacabana. E lá se foram as princesinhas do mar... E esperamos, esperamos, esperamos e nada do tempo abrir...



Sim caros e estimados leitores deste blog. Conseguimos pegar o Rio com um tempo horrível, nublado e com chuva. Cansamos de ficar na praia e resolvemos andar no calçadão. 

E no meio do caminho tinha uma estátua. Tinha uma estátua no meio do caminho! A famosa estátua de Carlos Drummond de Andrade, com quem bati mó papo. Ele é meu poeta preferido! Também tinha uma estátua de Dorival Caymmi.



E chegamos no Forte de Copacabana. Foi legal ver uns canhões assim tão de pertinho. E a vista do Pão de Açúcar de lá é muito bonita (mesmo com o tempo fechado). Demos uns rolês lá dentro e de lá fomos almoçar. Camarão, claro.



À tarde fomos ao meu lugar preferido de todo o Rio, o Pão de Açúcar. Já havia ido no ano passado. A vista é estupenda. Maaaas... Olha a chuva! Ficou escuro e caiu um toró. Tentamos esperar pra ver se passava, mas não. A galera comprou capas de chuva (eu me recusei!) e fomos embora.



Com a trégua da chuva à noite, fomos conhecer a boemia da Lapa e seus maravilhosos Arcos. E seus não tão maravilhosos frequentadores. Não estou generalizando! Por favor não me entendam errado (Tenho amigos cariocas que batem ponto na Lapa se bobear todo dia!). Mas me diz: como a gente acerta justo a noite em que tem uma manifestação bate lata de mendigos? Whatever...



Dia seguinte, fomos conhecer o Crixxxto. Nada, nada colaborou nesse dia. Queríamos ir de trem, claro. Chegamos às dez horas para comprar ingresso. Mas o próximo trem disponível partiria apenas a uma hora da tarde! Conclusão, vamos socados numa van mesmo. Chegando lá, mais fila. Fila pra comprar ingresso, fila pra pegar mais van (para subir ao Corcovado)...

Pausa para indignação: em nenhum dos lugares aceitavam cartões, de débito ou crédito. Não havia nenhum caixa automático. Filas imensas e falta de informação. Como, como que o Rio vai ser uma das cidades sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas? (Não que São Paulo esteja melhor). Precisa ver isso, produção!

Enfim... É claro que eu queria ver o Cristo Redentor, uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno (sendo outra Machu Picchu, então já fiz dois de sete, um dia chego lá! ;)). Mas sinceramente, não sei se foi o tempo encoberto, a muvuca mal educada das pessoas passando por cima da gente daquele jeito, e o nervoso que eu passei. Não sei se é pelo fato de ser judia. Mas, não me impressionou em nada. Respeito o que ele significa pra muita gente, afinal, estamos num país de maioria esmagadora Cristã. Mas no meu caso, foi indiferente, não senti nada.



Descendo do Corcovado (com mais de uma hora de espera para isso), fomos almoçar num restaurante bacaninha e passear pela Lagoa Rodrigo de Freitas (onde já estava sendo montada a Árvore de Natal). Eu achei lá bem bonito e agradável. Tem um ciclofaixa e as pessoas caminham ou correm em volta. Se eu morasse no Rio, acho que seria um lugar que eu frequentaria sempre (Ou pelo menos tentaria! Como tenho tentado com o Parque do Ibirapuera).



Caminhamos um pouco no calçadão das praias do Leblon e Ipanema e voltamos para o hotel para descansar um pouco. Pretendíamos ir de noite ao badalado Rio Scenarium. Queríamos né? Mas não fomos. A chuva, que tinha dado uma trégua, se fez presente novamente. A fila, estava imensa. O barzinho do lado, vazio! Bora pra lá! Camarões e risadas (depois do mal humor chuva/fila) foi uma noite super agradável.

O dia seguinte o sol resolver dar as caras. Timidamente, mas deu. Fomos aproveitar a praia, então, né? Entrei até no mar (fiz escândalo, né Evi?). Lagartixamos um pouco (peguei um semi-bronze) e resolvemos almoçar onde? Na praia de paulixxxta: no shopping! De chinelo havaiana e saída de praia. Sabe quando eu ia assim no shopping em São Paulo? Tipo nunca! Mas lá, ninguém nem olha torto pra você!



Pra encerrar o tour pela cidade, visitamos o Jardim Botânico. Bizarro foi ver um casal tirando fotos para o casamento. Poses pitorescas com um péssimo gosto. E lá tinha bastante planta... E é só! Pelo menos do que vimos não tenho muito a acrescentar!



E aí, dá-lhe mais seis horas de viagem de busão, com aula pra assistir logo chegando aqui!

Eu acho que o Rio de Janeiro continua lindo. Mesmo com chuva, encoberto, cheio de gente e tudo mais... Mesmo com uns sumiços repentinos por aí... Enfim, é uma bela cidade, com bonitos monumentos naturais, coisas que não temos em São Paulo. Faz realmente jus ao título de Cidade Maravilhosa e recomendo a todos aqueles que ainda não foram, conhecê-la. Mas por hora, minha cota de Rio já deu. Ainda existem muitas outras cidades tão ou mais bonitas que tenho que conhecer.

"O Rio de Janeiro continua lindo... O Rio de Janeiro continua sendo... O Rio de Janeiro, Fevereiro e Março... Quem sabe de mim sou eu... Aquele abraço... Prá você que me esqueceu... AQUELE ABRAÇO!!!"