sexta-feira, 24 de junho de 2011

Virtudes e Defeitos

Atualmente tenho pensando muito sobre mim, sobre o que eu quero, sobre quem eu era no início desse ano e a pessoa que me tornei depois de tantos acontecimentos até agora. E é claro que sempre rola aqueles prós e contras nós mesmos. Prós e contras que se traduzem em virtudes e defeitos.

Porque assim: ninguém é perfeito. No meu caso, eu sou perfeccionista. Gosto de fazer as coisas "certinho" (se é que isso realmente existe), mas daí dizer que eu sou perfeita... Não sou. Aliás, minha visão de mim mesma é que eu tenho muitos mais vícios que virtudes. Vícios que fazem os outros sofrerem e, também, me fazem sofrer.

Hoje eu vou falar sobre os vícios que me fazem sofrer.

1) Ser otimista. Pros outros, nunca pra mim. Quem me conhece um pouquinhozinho só, com certeza já me ouviu falar: "Não se preocupa, tenho certeza que vai dar certo!". Ou então: "Vamos pensar positivo? Pensar negativo não vai levar a nada!". Enfim, mas quando se trata de mim, e dos meus problemas, porque eu nunca consigo pensar desse jeito? Porque sempre, na minha cabeça, só aparece a pior hipótese possível e imaginável? Porque eu não consigo pensar na situação melhor ou menos pior? E pior (claro, melhor é que não seria!): porque não adianta quando alguém fala pra mim: não pensa assim, pensa positivo? Tipo: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Eu odeio ser pessimista em relação aos meus assuntos... Só me faz mal isso.

2) Eu penso muito nos outros (leia-se outros que eu gosto e me importo bastante). Como os outros se sentem, se todos estão bem, se eles estão passando por um apuro ou não, se eu posso ajudar nesse caso... Mas... E eu? Às vezes eu tenho a nítida impressão que ninguém se preocupa comigo... (Pai e mãe não conta! Tenho certeza q os meus sempre estarão lá pra mim! E eu por eles!). Me sinto muito sozinha... Niguém me pergunta se eu estou bem, se eu preciso de alguma ajuda, de um carinho, de um colo... Mas eu tô sempre lá, firme e forte pra ajudar no que for preciso! Nem que seja com uma palavrinha de encorajamento (vide tópico acima).Aliás, conversei isso mesmo outro dia com um amigo muito querido meu. Ele me disse que eu tenho que ser egoísta às vezes, que não há mal nenhum nisso. Mas eu não consigo... Quando alguém precisa de mim, me pedindo ou não, eu sempre estou lá. Mas e quando eu preciso? (...)

3) Falta de paciência. Certamente não fui abençoada com a virtude da paciência. É verdade, quando eu quero, eu quero pra ontem. Fico frustrada quando não consigo o que eu quero, quando eu quero, mas aí é um problema meu, porque eu sei que o mundo não gira ao meu redor. É que eu tenho muita urgência nas coisas... Não tenho paciência de esperar o desenrolar de tudo... É que eu acho que já tive muita paciência nessa vida. Esgotei o limite de toda ela... E isso me leva ao próximo defeito...

4) Ansiedade absurda. Quando eu falo pras pessoas que eu sou ansiosa, não é uma ansiedade normal. Eu tenho crises de ansiedade violentas. Crises essas que fazem muito mal pra mim e pra minha saúde. E não é só pelo fato de não conseguir dormir. Isso é pras pessoas com ansiedade normal. A minha ansiedade me causa tontura e enjoô. De verdade. Daquelas de enxergar tudo escuro e de ter sensação de desmaio. Tive uma dessas outro dia. Aliás, duas, uma em seguida da outra. Olha: não recomendo pra ninguém! Eu queria muito não ser ansiosa desse jeito e levar as coisas mais na boa... Mas eu não consigo. Faz parte da minha falta de paciência e da urgência de viver as coisas (como eu já disse em um post há uns meses atrás, aliás, foi no post do meu aniversário: http://fefamind.blogspot.com/2011/03/nu.html).

4) Ser um extremo. Comigo não existe meio termo. É 8 ou 80. Então quando eu gosto, eu gosto pra valer, eu gosto demais, eu me entrego de corpo e alma. E isso é uma coisa que afeta só a mim. Porque eu me jogo mesmo, sem saber as consequências de nada, sabe? E não saber traz uma sensação muito grande de impotência. E isso me dói.

5) Ser um extremo me leva a não ter vergonha de demonstrar meus sentimentos, porque é sempre ou tudo ou nada. Então, se eu estou triste, eu não tenho vergonha de voltar pra casa me debulhando em lágrimas no meio do metrô. Ou de gargalhar se estiver feliz. Ficar com cara de tonta... Costumo dizer que sou transparente. Qualquer pessoa, mesmo a mais distraída, consegue perceber meu estado de espírito, porque ele fica expresso na minha cara.

Mas, apesar de achar que tudo isso sejam defeitos, porque muitas vezes me fazem mal, também fazem de mim quem eu sou: uma pessoa autêntica, fora dos padrões, "gente diferenciada". Eu sei que alguns desses defeitos podem ser vistos como virtudes se olhados por outro ângulo. Mas, sei lá... Hoje eu tô pensando neles como vícios mesmo...

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