sábado, 22 de outubro de 2011

Tough to fight emotions

Prelúdio: Este é um post antigo, de mais ou menos um mês atrás. Resolvi publicar porque as coisas que se passaram já ficaram pra trás. E tudo que foi escrito naquela época, hoje, já não faz sentido. Então não fica parecendo uma indireta pra ninguém. Minha conclusão é apenas uma: devo usar mais a cabeça e menos o coração.

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Sim, eu vejo horóscopo. Acho interessante. Não vivo em função disso, claro, seria bobagem. Mas meu horóscopo de hoje caiu como uma luva. Ele me disse o seguinte:

"Será difícil lutar contra seus sentimentos, então, porque se importar? Se você conseguir lidar com isso, não se preocupe em esconder nada - uma única coisinha sequer. Ao invés disso, deixe a verdade ser dita. É o que você faz de melhor".

Realmente, lutar contra os sentimentos é difícil. Porque sentimento é aquela coisa né: vem sem que a gente queira que venha. Vai embora sem que a gente perceba. E dificilmente conseguimos sentir aquilo que o cérebro quer.

E aí, quando você se pega sentindo aquilo que você não queria de jeito nenhum, você começa a entrar em negação. "Não, eu não tô sentindo isso. É bobagem da minha cabeça!". É todo um processo até chegar na fase de aceitação: "Ok, não tem jeito, eu tô sentindo isso mesmo. Droga".

Geralmente quando não queremos sentir algo, mesmo que cheguemos na fase de aceitação, temos a tendência de esconder isso de todos. Principalmente daqueles que têm relação direta com o que estamos sentindo. Aí entramos naquela fase do: "Eu digo, ou não digo?". Essa é a pior fase, porque uma hora ou outra precisamos tomar uma decisão: a de contar ou não contar.

Mas chega uma hora que fica difícil de lutar contra e principalmente de esconder o sentimento. Pra mim pelo menos é. Eu já falei em outro post que eu era um extremo e por isso não tinha vergonha de demonstrar meus sentimentos (http://fefamind.blogspot.com/2011/06/virtudes-e-defeitos.html). 

Eu sou muito sincera. Eu não sou nem 100% sincera, eu sou 1000% sincera. Então, quando eu chego na minha fase de aceitação, eu já não consigo mais esconder. E preciso falar, falar a verdade, como disse meu horóscopo. A verdade me liberta.

Liberta em termos. Liberta dessa sensação ruim de não falar e não saber. Porém, falar, envolve outra pessoa. E aí entra o fator "não sei o que raios se passa na cabeça dessa pessoa". E fica difícil de contar. Porque por mais angustiante que seja a sensação trazida pelo não falar, a resposta da outra pessoa pode trazer uma sensação ainda pior.

É um dilema bem shakespeariano: "Ser ou não ser, eis a questão". Conto ou não conto, eis a questão. É verdade que ser sincera é o que eu faço de melhor. Mas, por outro lado, se a verdade liberta, ela também pode fazer sofrer(e definitivamente fez).

E aí horóscopo maroto, tem certeza que é isso mesmo que você quer que eu faça? Resolve essa pra mim também!

domingo, 16 de outubro de 2011

Here comes the bride... Not!

É gente, não tinha como não escrever sobre isso. Por mais que isso realmente não me incomode, marca. E como eu tenho uma relação especial com datas (sei lá, eu sempre lembro todas as datas, involuntariamente, desde pequena - "desde mais nova, porque pequena eu sempre fui"), eu acabo lembrando. Enfim...

Hoje era pra ser o dia mais feliz da minha vida. Tá, não sei se "o" dia mais feliz. Mas era pra ser um dos dias mais felizes pra minha vida. Dia 16.10.11 era o dia em que meu casamento estava marcado. Era o dia que eu tinha sonhado há alguns anos. Bom, desde que eu tinha começado a namorar pra ser exata. Acho que a maioria das mulheres pensa assim.

E era pra ser o meu dia. Porque o cerimonial do casamento não tem nada a ver com o noivo. Tem a ver com a noiva. E ela é a estrela de tudo. Tudo é feito pensando nela. É claro que quando o noivo resolve dar algum palpite (o que não acontece sempre, o que eu acho uma pena) ela acaba fazendo uma concessãozinha aqui ou ali. Mas tudo é feito centrado nela.

É o vestido, a maquiagem, a decoração... Mas eu, no caso, era muito preocupada em agradar a todos. Minha família, a família do meu ex. Principalmente porque seria uma cerimônia diferenciada, já que não nos casaríamos no religioso. Então eu perguntava toda hora pra ele se ele se sentia confortável com as coisas que estávamos decidindo. Mas ele nunca dava opinião, sempre falava: "ah, o que você quiser tá bom" (hoje sabemos bem o porque).

Bom, depois de ter tudo isso planejado e destruído eu mudei um pouco de opinião a repeito do assunto casamento. Porque casamento é muito mais que o dia em que duas pessoas se comprometem uma com a outra. Na verdade, o casamento começa só depois desse dia.

É saber conviver, ceder quando preciso, saber quando é preciso, dar liberdade pro outro manter sua individualidade, é amar acima de tudo. É fazer o outro feliz e o outro tem que te fazer feliz. O casamento é a vontade de viver a dois. E olha, essa vontade tem que ser muito grande. Pra isso não precisa de troca pública de votos. Afinal, ninguém vai lá ajudar o casal quando eles precisam.

Olhando pra trás, eu vejo que, pra mim, toda a celebração do casamento era mais importante que o casamento em si. Acho que eu nunca parei pra pensar: "mas é com essa pessoa que eu quero passar o resto da vida?". Eu tava mais preocupada em fazer só aquele dia dar certo, sem pensar no depois.

Hoje eu já não penso mais assim. Eu não tenho mais vontade de me vestir de noiva, nem forças de sequer pensar no stress de todo planejamento de um casamento. 

Se um dia acontecer de eu encontrar alguém que me faça feliz e eu faça o mesmo por ele, que seja uma pessoa com quem eu possa compartilhar os meus pensamentos, meus medos e felicidades. Alguém que me deixe ser eu mesma, mas que seja um companheiro (coisa que nunca tive) durante as minhas, as dele e as nossas escolhas. Enfim, alguém pra compartilhar a vida (...)


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Cansada...

Estou cansada. Não de corpo, mas de mente. Porque nos dias de hoje, mesmo quando é pra me distrair fazendo exercícios, eu não consigo parar de pensar, pensar e pensar... Aí a mente cansa.

No que eu penso? Bom, atualmente uma coisa não me sai da cabeça. Tenho alguns amigos que dizem estar preocupados comigo. Que falam: "me liga qualquer coisa". Ou querem dar conselhos pra não me sentir mal e etc. e tal. Tudo isso via facebook, às vezes telefone. Ao vivo? Não, isso nunca.

Sabe, às vezes o que eu quero não é nem resolver, nem que vocês escutem que eu tenho um problema. Às vezes eu só tô feliz, e quero sair, jogar conversa fora, dar risada, ir ao cinema, passear no parque. Porque nunca ninguém me oferece isso?

Tenho algo a comemorar essa semana. Mas não tenho ninguém pra comemorar comigo. Domingo será mais uma data importante pra mim que vai ser jogada fora por pura falta de companhia.

"Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto" (Francis Bacon). Meu mundo está deserto porque aparentemente meus amigos só se interessam por mim quando eu estou mal, quando tenho problemas.

A vida é feita de mais que tristeza. É feita de alegrias também. É isso. Sinto falta de amigos para compartilhar minhas alegrias. Daí estar me sentindo tão sozinha.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sonho de Criança

Eu convivo com muita gente mais nova que eu. E é engraçado isso porque eu começo a relembrar como eu era quando tinha a idade desse pessoalzinho (alguns mais novos que eu 15 anos!).

Muitas moças que ainda têm carinha de criança ficam bravas quando a gente fala: nooooossa, achei que você tivesse uns 15 anos! Eu era assim também. Tinha ódio mortal quando falavam pra mim que eu tinha cara de mais nova. Eu nem queria parecer mais velha, só queria aparentar a idade que eu realmente tinha. Bom, hoje, com meus quase 30, amooooo que falem: nossa, você tem cara de 18, 20! E aí eu falo praquelas moças: eu era assim na idade de vcs. Mas não se preocupem que quando vocês tiverem a minha idade, vocês vão adorar!

E aí eu penso... Nossa, como minha vida era mais fácil quando eu tinha essa idade. É verdade que eu sofri feito um cão na adolescência. Mas beleza, isso é outra discussão! É verdade que, ainda sim, eu tinha algumas responsabilidades: estudar, passar de ano, etc. Mas isso não se compara à vida adulta.

Já na faculdade eu pensava assim. Porque eu estudava, fazia estágio, tinha que entregar TCC e ainda passar na OAB. E imaginava como minha vida de criança era boa. Que eu só tinha que acordar cedo pra ir pra escola, voltava, fazia lição de casa e ia brincar de Barbie com a Julia. Ou colocar fogo no prédio, jogar ovos nos meninos, hahahaha!

Não tinham muitas preocupações. Mas por mais que houvessem menos preocupações, o mais importante é que quando a gente é criança, nós temos mais esperança. Quando a gente é criança, não passamos ainda por grande parte dos traumas que passamos até chegar na vida adulta (e continuamos a passar depois que chegamos nela). Nós sonhamos e acreditamos que nossos sonhos possam virar realidade.

O problema é que quando a gente vai crescendo, vai se tornando mais duro, porque a vida não permite a ninguém ser inocente por muito tempo. E pra cada ano que a gente ganha, a esperança vai se perdendo, e a gente não só deixa de lado nossos sonhos, mas também deixa de acreditar que um dia eles possam se tornar realidade.

Pois é... Nesse dia das crianças o que eu queria ganhar, era a capacidade de sonhar de novo.

sábado, 1 de outubro de 2011

Música

Bom, atualmente a música anda bastante em voga, por causa de todo fuzuê do Rock in Rio. Todo mundo só fala de música, das bandas que vão tocar, das bandas que não deveriam tocar, que de Rock não tem nada. Mas enfim, é um tributo à música.

Música, pra mim, é tudo. Não sei viver sem. Desde que me conheço por gente. Quantas pessoas já não me ouviram falar: "meu sonho era ser cantora, tipo assim, que nem menino quer ser jogador de futebol"? Música me move.

Música tem poder sobre a gente. Mexe com todos os sentidos. E com a cabeça também. Uma música tem tanto o poder de te jogar lá pra cima, como de te jogar lá pra baixo. Música de "estou amando loucamente" que te deixa feliz, pq vc tá amando loucamente mesmo. Música "de corno", aquela que você não está amando nem um pouco loucamente e pega uma caixa de lenços e vai ouvir chorando.

Música de festa, música de balada, música de zoeira (Mamonas e afins). Música pra ouvir no metrô. São geralmente música de revolta, que dá vontade de sair socando todo mundo que fica pisando em você, e te empurrando (eu por exemplo, amo ouvir Killing in the Name, do Rage Against de Machine no metrô, me dá vontade de sair dando thai tip em todo mundo! :p).

Gosto tanto, mas tanto de música que fui dar um rolê básico no Rio de Janeiro só pra ouvir um dos meus músicos preferidos. E fiz muito bem. Lá foi o lugar que eu mais constatei o poder da música sobre as pessoas. E que o interesse comum por ela as une muito mais que qualquer outra coisa em comum. Música hipnotisa.

Toda minha vida é baseada em música. Pra cada momento que eu vivo, eu encontro uma que se encaixa perfeitamente. Sejam tristes, alegres, engraçadas, poéticas, todas elas me movem de alguma forma. Algumas ajudam, outras nem tanto (dependendo do momento né?), mas a maioria definitivamente ajuda.

E sigo vivendo, ouvindo minhas músicas.