Prelúdio: Este é um post antigo, de mais ou menos um mês atrás. Resolvi publicar porque as coisas que se passaram já ficaram pra trás. E tudo que foi escrito naquela época, hoje, já não faz sentido. Então não fica parecendo uma indireta pra ninguém. Minha conclusão é apenas uma: devo usar mais a cabeça e menos o coração.
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Sim, eu vejo horóscopo. Acho interessante. Não vivo em função disso, claro, seria bobagem. Mas meu horóscopo de hoje caiu como uma luva. Ele me disse o seguinte:
"Será difícil lutar contra seus sentimentos, então, porque se importar? Se você conseguir lidar com isso, não se preocupe em esconder nada - uma única coisinha sequer. Ao invés disso, deixe a verdade ser dita. É o que você faz de melhor".
Realmente, lutar contra os sentimentos é difícil. Porque sentimento é aquela coisa né: vem sem que a gente queira que venha. Vai embora sem que a gente perceba. E dificilmente conseguimos sentir aquilo que o cérebro quer.
E aí, quando você se pega sentindo aquilo que você não queria de jeito nenhum, você começa a entrar em negação. "Não, eu não tô sentindo isso. É bobagem da minha cabeça!". É todo um processo até chegar na fase de aceitação: "Ok, não tem jeito, eu tô sentindo isso mesmo. Droga".
Geralmente quando não queremos sentir algo, mesmo que cheguemos na fase de aceitação, temos a tendência de esconder isso de todos. Principalmente daqueles que têm relação direta com o que estamos sentindo. Aí entramos naquela fase do: "Eu digo, ou não digo?". Essa é a pior fase, porque uma hora ou outra precisamos tomar uma decisão: a de contar ou não contar.
Mas chega uma hora que fica difícil de lutar contra e principalmente de esconder o sentimento. Pra mim pelo menos é. Eu já falei em outro post que eu era um extremo e por isso não tinha vergonha de demonstrar meus sentimentos (http://fefamind.blogspot.com/2011/06/virtudes-e-defeitos.html).
Eu sou muito sincera. Eu não sou nem 100% sincera, eu sou 1000% sincera. Então, quando eu chego na minha fase de aceitação, eu já não consigo mais esconder. E preciso falar, falar a verdade, como disse meu horóscopo. A verdade me liberta.
Liberta em termos. Liberta dessa sensação ruim de não falar e não saber. Porém, falar, envolve outra pessoa. E aí entra o fator "não sei o que raios se passa na cabeça dessa pessoa". E fica difícil de contar. Porque por mais angustiante que seja a sensação trazida pelo não falar, a resposta da outra pessoa pode trazer uma sensação ainda pior.
É um dilema bem shakespeariano: "Ser ou não ser, eis a questão". Conto ou não conto, eis a questão. É verdade que ser sincera é o que eu faço de melhor. Mas, por outro lado, se a verdade liberta, ela também pode fazer sofrer(e definitivamente fez).