quarta-feira, 21 de março de 2012

Finalmente, balzaquiana

E chega aquela idade que toda mulher teme chegar. Os infames 30 anos. O que esse número representa de tão ruim pra uma mulher?

Sinceramente não saberia dizer. Olho pra Fefa de 20, e olho pra Fefa de agora. Definitivamente prefiro a Fefa de agora! Verdade que muita coisa se perdeu nesse caminho. Mas muita coisa foi ganha também. A gente sofre, mas aprende. E renasce da dor (*owwwn que poética!*).

E aí, a mulher de 30, a famosa balzaquiana, já passou por muita coisa, já sofreu e já aprendeu. Tudo? Tenho certeza que não! Ainda tem muito chão pela frente. Mas o suficiente pra conseguir se enxergar como é e aceitar o fato de que ela é desse jeito. Ser feliz assim. Ser madura, ser independente, saber o que quer. Ver o mundo como ele realmente é, mas sem se desesperar com isso.

Perder sonhos? Não. A gente nunca perde a capacidade de sonhar. A gente só passa enxergar melhor aqueles sonhos que são realizáveis e os que não são. E a perseguir aqueles que a gente sabe que pode se concretizar. E os que não podem? Bem, eles ficam guardados no coração, como algo idealizado, que a gente não pode ter, e pensa neles com ternura. Afinal, já dizia Walt Disney: "Laughter is timeless, imagination has no age, and dreams are forever" (A risada é atemporal, a imaginação não tem idade e os sonhos são pra sempre). Mas não encaramos sua não realização como o fim do mundo.

Bom, mulheres são mulheres em qualquer idade. E mesmo tendo vontade de ter uma companhia do lado (praquelas que ainda não tem, óbvio), a mulher de trinta aprendeu que a melhor companhia que ela pode ter é ela mesma! Isso não quer dizer se fechar pro mundo, não. Ficamos, sim, mais exigentes (sim, mais ainda!), porque não é qualquer homem que nos serve, que é capaz de nos acompanhar. Que orna com a gente! Então, sim, a balzaquiana é extremamente seletiva!

É... É fato que certas coisas mudam. O pique muda. Aos 30 anos fica difícil querer abraçar o mundo e fazer todas as atividades possíveis e imagináveis ao mesmo tempo. Dormir deixa de ser luxo, e passa a ser necessidade. Aquela corridinha até a esquina pode parecer uma maratona. Mas isso não impede que a balzaquiana tente fazer tudo junto misturado mesmo assim! Porque ela é teimosa!

O que eu posso dizer é que a balzaquiana tem ânsia de viver, mas com os pés no chão! Tudo o que ela quer, é ser feliz! E ela vai lutar por isso com todas as suas forças!

E praqueles que estão me dizendo: "Ih Fefa, tá velha, hein??". Então, tomara que todos vocês cheguem aos trinta, como eu cheguei! Feliz e contente!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Meus últimos dias dos meus 20 anos...

Falta menos de um mês pra eu deixar de ter meus 20 anos. Já são (quase) três décadas vividas. Bem vividas?

Dos 0 aos 10. Melhor idade. Que infância maravilhosa eu tive! Sim, fui criança de prédio, e daí? De qualquer forma, a gente tinha nossa turminha. Descíamos pra brincar, corríamos, jogavámos bola, arrumávamos briga com os vizinhos chatos que reclamavam do barulho. Ocasionalmente tentávamos por fogo no prédio (acendendo fósforos, claro!). Jogar ovos pela janela nos meninos jogando bola. Ter que limpar a sujeira depois... Brincar de pic nic, cada um trazia alguma coisa de casa. Minha mãe me chamava pra subir. Uma vez. Duas vezes. Na terceira ela descia pra me buscar pessoalmente. Essa parte não era legal. Época boa em que minha única preocupação era fazer logo a lição de casa pra descer e brincar. Hummm... Lembrança eterna da árvore amora!

Dos 10 aos 20. Pior idade. Quem disse que adolescência é boa? A minha foi terrível! Bode expiatório da escola. Aquela idade que é importante pra gente construir a nossa autoestima, e a minha foi totalmente destruída. Época negra na minha vida, com certeza. Não consigo pensar em nada de bom pra falar dessa minha década. Apenas os dois últimos anos, quando saí da escola e fui jogada no mundo real. E isso que é engraçado. Nossos professores falavam: "Vocês irão sofrer quando saírem do colégio para a vida real, o mundo não perdoa". Isso até é verdade. O mundo não perdoa. Mas meu mundo real me acolheu muito melhor que a suposta proteção da escola. A partir da minha formatura, minha vida mudou muito e pra melhor!

Dos 20 aos 29 anos e 11 meses e alguns dias. Como descrever essa idade? Tudo que poderia acontecer com uma pessoa em uma vida aconteceu comigo durante essa década. Eu namorei, fiz faculdade, operei o pé e fiquei 2 meses sem andar, noivei, marquei casamento, comprei um apartamento, fiz uma pós, desfiz o noivado, o casamento, viajei de novo, pela primeira vez sozinha, vi um deserto (!!!), briguei para conseguir meus direitos sobre o apartamento que se não fosse eu, não teria sido comprado (essa briga vai ultrapassar essa década!). Passei em três concursos, fui chamada em um (meu trabalho atual). Comecei a dar aula em faculdade. Tudo ao mesmo tempo. Sofri de paixão. Sofri de amor. Nenhum desses sofrimentos foi pela pessoa com quem eu ia casar. Comecei a estudar, parei de estudar, e voltei a estudar de novo. Passei a praticar boxe e muay thai, leia-se: passei de pessoa sedentária a atleta (uma atleta reclamona, mas ainda assim atleta)! Mudei de uma pessoa pra outra e depois mudei de novo. Odiava heavy metal, passei a gostar. Odiava samba, passei a gostar. Continuei gostando dos outros tipos de música que já gostava. Me reivinetei. Engordei 20ks. E emagreci eles tbm. Mas o melhor: me transformei de patinho feio em cisne, não só na aparência, mas também na cabeça. Enfim, é uma história que os leitores desse blog já estão cansados de saber! ;)

Na véspera dessa mudança de década me sinto ansiosa pra acabar logo com esses 20 anos. Uma década é cansativa. Demora 10 anos pra passar, sabe? =P Me sinto realizada em muitas coisas. Mas minha ânsia por viver ainda é grande! Por mais que tenha acontecido muita coisa nessa vida, eu ainda tenho muitos amanhãs por vir (mais do que os ontens que eu já vivi). Todos com novidades de algo que eu ainda não experimentei, lugares que eu ainda não vi e pessoas que eu ainda não conheci.

Então não vejo a hora de colocar o meu pezinho nos 30, e começar os melhores anos da minha vida! \o/