domingo, 25 de novembro de 2012

E o Rio de Janeiro Continua Lindo...

Tenho que confessar. Desde que me conheço por gente não curto o Rio. E muito menos os cariocas. Coisa de paulixxxta. Quer dizer, não CURTIA (pronto cunhadinha, fica brava comigo não! ;)).

Esta história mudou no ano passado, quando eu fui pro Rio pela primeira vez assistir ao my beloved Sir Paul McCartney e seu conserto na Cidade Maravilhosa. E como é maravilhosa. Voltei de lá amando!

Tive a oportunidade de voltar este ano pra lá. Desta vez com um grupo de amigas (às vezes mais divertido, às vezes mais dificultoso de decidir as coisas, entretanto, apesar da correria e do cansaço, o saldo foi positivo). Desta vez pude ver e conhecer muito mais que no ano passado. Já que no ano passado, o foco da minha companhia de viagem era Paul, Paul, Paul, Paul, Paul (ok, eu gosto dele, mas estou numa cidade diferente, logo, quero conhecer!).

Nossa viagem começa dentro do táxi rumo à Rodoviária. Pois, optamos de livre e espancada vontade a ir de busão, mesmo com seis horas (menos que Tupã, vai!) de viagem (Tempo é dinheiro. Neste caso, mais tempo, menos dinheiro!). Apaguei completamente e não vi nadica de nada, quando acordei, já estava no Rio (brigada pelo remédio santo Paulets!).

Ficamos num hotel em Copacabana e chegamos lá por volta das 7hs da manhã, mortas de fome. Logo, first thing: tomar café e ir pra praia! \o/

Ir pra praia foi algo que não fiz na minha primeira visita ao Rio (Ssim, e toda vez que eu conto isso segue-se a frase "como assim???"). Então tava feliz porque ia conhecer um dos pontos mais famosos e badalados do mundo: a praia de Copacabana. E lá se foram as princesinhas do mar... E esperamos, esperamos, esperamos e nada do tempo abrir...



Sim caros e estimados leitores deste blog. Conseguimos pegar o Rio com um tempo horrível, nublado e com chuva. Cansamos de ficar na praia e resolvemos andar no calçadão. 

E no meio do caminho tinha uma estátua. Tinha uma estátua no meio do caminho! A famosa estátua de Carlos Drummond de Andrade, com quem bati mó papo. Ele é meu poeta preferido! Também tinha uma estátua de Dorival Caymmi.



E chegamos no Forte de Copacabana. Foi legal ver uns canhões assim tão de pertinho. E a vista do Pão de Açúcar de lá é muito bonita (mesmo com o tempo fechado). Demos uns rolês lá dentro e de lá fomos almoçar. Camarão, claro.



À tarde fomos ao meu lugar preferido de todo o Rio, o Pão de Açúcar. Já havia ido no ano passado. A vista é estupenda. Maaaas... Olha a chuva! Ficou escuro e caiu um toró. Tentamos esperar pra ver se passava, mas não. A galera comprou capas de chuva (eu me recusei!) e fomos embora.



Com a trégua da chuva à noite, fomos conhecer a boemia da Lapa e seus maravilhosos Arcos. E seus não tão maravilhosos frequentadores. Não estou generalizando! Por favor não me entendam errado (Tenho amigos cariocas que batem ponto na Lapa se bobear todo dia!). Mas me diz: como a gente acerta justo a noite em que tem uma manifestação bate lata de mendigos? Whatever...



Dia seguinte, fomos conhecer o Crixxxto. Nada, nada colaborou nesse dia. Queríamos ir de trem, claro. Chegamos às dez horas para comprar ingresso. Mas o próximo trem disponível partiria apenas a uma hora da tarde! Conclusão, vamos socados numa van mesmo. Chegando lá, mais fila. Fila pra comprar ingresso, fila pra pegar mais van (para subir ao Corcovado)...

Pausa para indignação: em nenhum dos lugares aceitavam cartões, de débito ou crédito. Não havia nenhum caixa automático. Filas imensas e falta de informação. Como, como que o Rio vai ser uma das cidades sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas? (Não que São Paulo esteja melhor). Precisa ver isso, produção!

Enfim... É claro que eu queria ver o Cristo Redentor, uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno (sendo outra Machu Picchu, então já fiz dois de sete, um dia chego lá! ;)). Mas sinceramente, não sei se foi o tempo encoberto, a muvuca mal educada das pessoas passando por cima da gente daquele jeito, e o nervoso que eu passei. Não sei se é pelo fato de ser judia. Mas, não me impressionou em nada. Respeito o que ele significa pra muita gente, afinal, estamos num país de maioria esmagadora Cristã. Mas no meu caso, foi indiferente, não senti nada.



Descendo do Corcovado (com mais de uma hora de espera para isso), fomos almoçar num restaurante bacaninha e passear pela Lagoa Rodrigo de Freitas (onde já estava sendo montada a Árvore de Natal). Eu achei lá bem bonito e agradável. Tem um ciclofaixa e as pessoas caminham ou correm em volta. Se eu morasse no Rio, acho que seria um lugar que eu frequentaria sempre (Ou pelo menos tentaria! Como tenho tentado com o Parque do Ibirapuera).



Caminhamos um pouco no calçadão das praias do Leblon e Ipanema e voltamos para o hotel para descansar um pouco. Pretendíamos ir de noite ao badalado Rio Scenarium. Queríamos né? Mas não fomos. A chuva, que tinha dado uma trégua, se fez presente novamente. A fila, estava imensa. O barzinho do lado, vazio! Bora pra lá! Camarões e risadas (depois do mal humor chuva/fila) foi uma noite super agradável.

O dia seguinte o sol resolver dar as caras. Timidamente, mas deu. Fomos aproveitar a praia, então, né? Entrei até no mar (fiz escândalo, né Evi?). Lagartixamos um pouco (peguei um semi-bronze) e resolvemos almoçar onde? Na praia de paulixxxta: no shopping! De chinelo havaiana e saída de praia. Sabe quando eu ia assim no shopping em São Paulo? Tipo nunca! Mas lá, ninguém nem olha torto pra você!



Pra encerrar o tour pela cidade, visitamos o Jardim Botânico. Bizarro foi ver um casal tirando fotos para o casamento. Poses pitorescas com um péssimo gosto. E lá tinha bastante planta... E é só! Pelo menos do que vimos não tenho muito a acrescentar!



E aí, dá-lhe mais seis horas de viagem de busão, com aula pra assistir logo chegando aqui!

Eu acho que o Rio de Janeiro continua lindo. Mesmo com chuva, encoberto, cheio de gente e tudo mais... Mesmo com uns sumiços repentinos por aí... Enfim, é uma bela cidade, com bonitos monumentos naturais, coisas que não temos em São Paulo. Faz realmente jus ao título de Cidade Maravilhosa e recomendo a todos aqueles que ainda não foram, conhecê-la. Mas por hora, minha cota de Rio já deu. Ainda existem muitas outras cidades tão ou mais bonitas que tenho que conhecer.

"O Rio de Janeiro continua lindo... O Rio de Janeiro continua sendo... O Rio de Janeiro, Fevereiro e Março... Quem sabe de mim sou eu... Aquele abraço... Prá você que me esqueceu... AQUELE ABRAÇO!!!"

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Aventurando pelo mundo...

Há um tempo atrás eu jamais me animaria em ir conhecer o Deserto do Atacama. Vamos combinar, o que há pra ver num deserto? Bom, só quem foi lá pra saber o quanto um deserto pode ser tão lindo!

Com essas voltas que a vida dá, comecei a me interessar por estes lugares "exóticos". E aí, depois de ir pro Atacama, quis ir pra Ilha de Páscoa. Belíssima, também! E voltando de lá, fiquei com todas as lombringas agitadas para conhecer Machu Picchu.

Juntei a fome com a vontade de comer. Logo voltando de Rapa Nui, apareceu piscando com luzes de neon uma promoção no Groupon para uma viagem Cusco/Machu Picchu (sim, eu acertei essa viagem ANTES de acertar a Europa, mas fui depois).

Ao contrário das minhas viagens com destinos "extravagantes" anteriores, uma amiga topou vir comigo. Então dessa vez, eu fui acompanhada! (Brigada pela companhia Rê! ;))



Começamos tudo indo pro aeroporto de madrugada e com 5hs de viagem até Lima, onde fizemos uma escala rápida, para partir rumo a Cusco. Chegamos de tarde. Foi o tempo de se trocar e sair para fazer o nosso primeiro passeio, em Cusco mesmo: Qorikancha e a Catedral de Santo Domingo.

Em Qorikancha eu comecei a visualizar a grandeza da cultura Inca. Sério, construções que duram séculos e séculos, que foram , inclusive, reaproveitadas pelos conquistadores espanhóis, sem sequer usar argamassa. Sim, as pedras eram colocadas de forma a se encaixar perfeitamente e à prova de terremotos. Impressionante a inteligência deles.



Em Santo Domingo observamos como se deu a incorporação da cultura cristã pela inca. Não tenho fotos, porque por ser uma Catedral, não podíamos "sacar unas fotitos". Mas acreditem, tudo se deu de uma forma beeeeeeeem colorida. Colorida até demais. Não sei, eu como não seguidora da religião cristã, aqui no Brasil, vejo as Igrejas, os ícones, tudo de forma muito sóbria, séria. Definitivamente os incas trouxeram cor pra religião. Incorporando-a completamente.

Pra arrematar o dia, comemos num restaurante com o pessoal que, como a gente, comprou a viagem pelo Groupon, e que estavam todos no mesmo grupo! Comi ceviche (que aprendi a comer em Easter Island) e pollo.

Dia seguinte, acordar cedo, beber chá de coca pra enfrentar a looonga e íngrime caminhada em Machu Picchu. Antes das 7hs da matina pegamos o trem rumo a Águas Calientes. Trem mais engraçado na volta que na ida (depois conto porque). Na ida tivemos serviço de bordo com direito à café da manhã (e dá-lhe chá de coca). Só que eu nunca vi um trem tão demorado!

Chegamos em Águas Calientes e ainda faltava um ônibus pra chegar até Machu Picchu. E chegamos. Acho que não consigo descrever o que senti quando cheguei lá. Não existem palavras. Observar do alta as ruínas daquela cidadela que persistem até os dias de hoje é simplesmente inenarrável. Só estando lá pra saber, sentir, ver. Nem as fotos traduzem, por mais bonitas que sejam. Caminhamos boa parte do dia por entre as montanhas, ruínas e llamas.



E voltamos por aquele trem. Aí o serviço de bordo já não era tão bom, só serviram bebidas (enjooei do chá de coca, além disso, eu não sentia dificuldade de respirar). Mas, de repente aparece um cara todo caracterizado como se fosse uma carranca dançanado uma música típica (que a gente também já não aguentava mais ouvir), tirando várias moças para dançar. Dentre elas, eu claro. Lá fui eu dançar com o monstrinho. Se fosse só isso, tava bom! Mas não, tinha mais! Eles passavam vendendo roupas feitas d elã de alpaca. Mas pra tornar tudo mais divertido (divertido pra quem, oi?) eles pegavam as moças para desfilar as roupas. Encarnaram em mim, lógico. Lá foi a Fefa desfilar DUAS VEZES (sim, duas vezes, é duro ser gostosas! hahahaha) no meio do trem que balançava mais que lambada. Chegamos mortas, pronta pra deitar e dormir!

Último dia de Cusco, fomos conhecer os arredores. Primeiro, Sacsayhuamán, antiga capital do Império Inca, com suas pedras à prova de terremoto. Depois, Tampumachay, que simbolizava o culto da água, sendo conhecido como Banho Inca. Após, ida ao Vale Sagrado dos Incas, com direito a artesanato, segurar llamitas no colo, ver uma fábrica de prata, NÃO VER pobres porquinhos da índia assados (sim, comida típica de lá) e um almoço no meio do nada, mas num lugar bem bonitinho (e com carne de alpaca, essa eu não resisti, e gostei muito!).



Por fim, Ollantaytambo, um sítio arqueológico inca, onde se encontra o Templo do Sol. Mais escadas para subir, metade do grupo desistiu e ficou na feirinha de artesanato, eu e o casal simpático de Floripa (Alessandra e Kléber) fomos os corajosos. Mas cada escadinha valeu a pena pra ter aquela vista privilegiada. Mesmo que a gente só tenha imaginado onde ficava a pirâmide que a nossa guia tentou nos explicar. A sensação é bem próxima a daquilo que sentimos em Machu Picchu.



À noite, neste dia, ganhamos um jantar num jantar no centro da cidade, em Cusco (porque a agência não nos colocou nos hotéis anunciados no Groupon). Enfim, ganhamos gato, por lebre. O restaurante estava vazio. Tudo que pedíamos não tinha (não tinha carne de alpaca!). Enfim, valeu pela diversão. E a Rê e eu fomos conhecer a baladinha cusquenha para ver o que pegava, o Mama África. Reaggeton, acho que odeio mais que sertanejo. Era o que tava tocando quando chegamos. Mas enfim, esperamos um pouquinho para ver se melhorava. Acho que o ponto alto foi tocarem CHORANDO SE FOI, todo mundo levantando e dançando (inclusive a gente). Depois de Shakira, Black Eyed Peas, Beyoncé uns raps doidos fomos, é claro, coroados com a internacionamente famosa AI SE EU TE PEGO (dancei sim, não nego, pago quando puder), que foi, o que sou obrigada a admitir, o que salvou a noite.

Dia seguinte, acordamos, tivemos um perrengue, demos uma última volta na cidade e começamos a voltar. Nossa volta incluía uma escala de nada mais, nada menos que 12 horas em Lima. A princípio pareceu ruim, hoje tenho certeza que foi o melhor que aconteceu! Pudemos dar uma volta rápida nessa linda cidade e conhecê-la um pouco. Comemos à beira do mar (camarones), passeamos pela linda Miraflores, toda florida, bm cuidada com seus parapentes e vimos o pôr do sol num deque de um observatório comendo picarones (um doce que é semelhante a um bolinho de chuva todo melado!). E deu tempo de voltar e ficar 4hs no freeshop!



Meu saldo dessa viagem é positivo. Foi tudo muito rápido, sem muito tempo para absorver tudo. Mas com certeza estou feliz de ter conhecido este lugar tão incrível, tão inexplicável. Tudo que posso dizer é que recomendo para quem quiser conhecer, porque infelizmente, não existem palavras para descrever Machu Picchu! =)