quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Aventurando pelo mundo...

Há um tempo atrás eu jamais me animaria em ir conhecer o Deserto do Atacama. Vamos combinar, o que há pra ver num deserto? Bom, só quem foi lá pra saber o quanto um deserto pode ser tão lindo!

Com essas voltas que a vida dá, comecei a me interessar por estes lugares "exóticos". E aí, depois de ir pro Atacama, quis ir pra Ilha de Páscoa. Belíssima, também! E voltando de lá, fiquei com todas as lombringas agitadas para conhecer Machu Picchu.

Juntei a fome com a vontade de comer. Logo voltando de Rapa Nui, apareceu piscando com luzes de neon uma promoção no Groupon para uma viagem Cusco/Machu Picchu (sim, eu acertei essa viagem ANTES de acertar a Europa, mas fui depois).

Ao contrário das minhas viagens com destinos "extravagantes" anteriores, uma amiga topou vir comigo. Então dessa vez, eu fui acompanhada! (Brigada pela companhia Rê! ;))



Começamos tudo indo pro aeroporto de madrugada e com 5hs de viagem até Lima, onde fizemos uma escala rápida, para partir rumo a Cusco. Chegamos de tarde. Foi o tempo de se trocar e sair para fazer o nosso primeiro passeio, em Cusco mesmo: Qorikancha e a Catedral de Santo Domingo.

Em Qorikancha eu comecei a visualizar a grandeza da cultura Inca. Sério, construções que duram séculos e séculos, que foram , inclusive, reaproveitadas pelos conquistadores espanhóis, sem sequer usar argamassa. Sim, as pedras eram colocadas de forma a se encaixar perfeitamente e à prova de terremotos. Impressionante a inteligência deles.



Em Santo Domingo observamos como se deu a incorporação da cultura cristã pela inca. Não tenho fotos, porque por ser uma Catedral, não podíamos "sacar unas fotitos". Mas acreditem, tudo se deu de uma forma beeeeeeeem colorida. Colorida até demais. Não sei, eu como não seguidora da religião cristã, aqui no Brasil, vejo as Igrejas, os ícones, tudo de forma muito sóbria, séria. Definitivamente os incas trouxeram cor pra religião. Incorporando-a completamente.

Pra arrematar o dia, comemos num restaurante com o pessoal que, como a gente, comprou a viagem pelo Groupon, e que estavam todos no mesmo grupo! Comi ceviche (que aprendi a comer em Easter Island) e pollo.

Dia seguinte, acordar cedo, beber chá de coca pra enfrentar a looonga e íngrime caminhada em Machu Picchu. Antes das 7hs da matina pegamos o trem rumo a Águas Calientes. Trem mais engraçado na volta que na ida (depois conto porque). Na ida tivemos serviço de bordo com direito à café da manhã (e dá-lhe chá de coca). Só que eu nunca vi um trem tão demorado!

Chegamos em Águas Calientes e ainda faltava um ônibus pra chegar até Machu Picchu. E chegamos. Acho que não consigo descrever o que senti quando cheguei lá. Não existem palavras. Observar do alta as ruínas daquela cidadela que persistem até os dias de hoje é simplesmente inenarrável. Só estando lá pra saber, sentir, ver. Nem as fotos traduzem, por mais bonitas que sejam. Caminhamos boa parte do dia por entre as montanhas, ruínas e llamas.



E voltamos por aquele trem. Aí o serviço de bordo já não era tão bom, só serviram bebidas (enjooei do chá de coca, além disso, eu não sentia dificuldade de respirar). Mas, de repente aparece um cara todo caracterizado como se fosse uma carranca dançanado uma música típica (que a gente também já não aguentava mais ouvir), tirando várias moças para dançar. Dentre elas, eu claro. Lá fui eu dançar com o monstrinho. Se fosse só isso, tava bom! Mas não, tinha mais! Eles passavam vendendo roupas feitas d elã de alpaca. Mas pra tornar tudo mais divertido (divertido pra quem, oi?) eles pegavam as moças para desfilar as roupas. Encarnaram em mim, lógico. Lá foi a Fefa desfilar DUAS VEZES (sim, duas vezes, é duro ser gostosas! hahahaha) no meio do trem que balançava mais que lambada. Chegamos mortas, pronta pra deitar e dormir!

Último dia de Cusco, fomos conhecer os arredores. Primeiro, Sacsayhuamán, antiga capital do Império Inca, com suas pedras à prova de terremoto. Depois, Tampumachay, que simbolizava o culto da água, sendo conhecido como Banho Inca. Após, ida ao Vale Sagrado dos Incas, com direito a artesanato, segurar llamitas no colo, ver uma fábrica de prata, NÃO VER pobres porquinhos da índia assados (sim, comida típica de lá) e um almoço no meio do nada, mas num lugar bem bonitinho (e com carne de alpaca, essa eu não resisti, e gostei muito!).



Por fim, Ollantaytambo, um sítio arqueológico inca, onde se encontra o Templo do Sol. Mais escadas para subir, metade do grupo desistiu e ficou na feirinha de artesanato, eu e o casal simpático de Floripa (Alessandra e Kléber) fomos os corajosos. Mas cada escadinha valeu a pena pra ter aquela vista privilegiada. Mesmo que a gente só tenha imaginado onde ficava a pirâmide que a nossa guia tentou nos explicar. A sensação é bem próxima a daquilo que sentimos em Machu Picchu.



À noite, neste dia, ganhamos um jantar num jantar no centro da cidade, em Cusco (porque a agência não nos colocou nos hotéis anunciados no Groupon). Enfim, ganhamos gato, por lebre. O restaurante estava vazio. Tudo que pedíamos não tinha (não tinha carne de alpaca!). Enfim, valeu pela diversão. E a Rê e eu fomos conhecer a baladinha cusquenha para ver o que pegava, o Mama África. Reaggeton, acho que odeio mais que sertanejo. Era o que tava tocando quando chegamos. Mas enfim, esperamos um pouquinho para ver se melhorava. Acho que o ponto alto foi tocarem CHORANDO SE FOI, todo mundo levantando e dançando (inclusive a gente). Depois de Shakira, Black Eyed Peas, Beyoncé uns raps doidos fomos, é claro, coroados com a internacionamente famosa AI SE EU TE PEGO (dancei sim, não nego, pago quando puder), que foi, o que sou obrigada a admitir, o que salvou a noite.

Dia seguinte, acordamos, tivemos um perrengue, demos uma última volta na cidade e começamos a voltar. Nossa volta incluía uma escala de nada mais, nada menos que 12 horas em Lima. A princípio pareceu ruim, hoje tenho certeza que foi o melhor que aconteceu! Pudemos dar uma volta rápida nessa linda cidade e conhecê-la um pouco. Comemos à beira do mar (camarones), passeamos pela linda Miraflores, toda florida, bm cuidada com seus parapentes e vimos o pôr do sol num deque de um observatório comendo picarones (um doce que é semelhante a um bolinho de chuva todo melado!). E deu tempo de voltar e ficar 4hs no freeshop!



Meu saldo dessa viagem é positivo. Foi tudo muito rápido, sem muito tempo para absorver tudo. Mas com certeza estou feliz de ter conhecido este lugar tão incrível, tão inexplicável. Tudo que posso dizer é que recomendo para quem quiser conhecer, porque infelizmente, não existem palavras para descrever Machu Picchu! =)

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