quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012 - Parte 2 - O Melhor do Ano

Muitas vezes temos pessoas na nossa vida que se auto-entitulam (não sei se tem hífen ou não!) "amigos de infância". Sim, aqueles que supostamente te acompanham em tudo o que você faz, desde que você se conhece por gente, que te chamam de "irmãos por escolha", etc, etc. 

Então, eu achava que tinha uma dessas até este ano, quando por motivos que não convêm aqui relatar percebi que ela não era tão irmã assim minha. Ok, 25 anos de amizade jogados no lixo. Mas, até aí, não foi um "rompimento" brusco. Foi uma amizade que foi morrendo aos poucos, por falta de interesse de uma das partes (porque a outra também cansou de correr atrás - eu). Então não foi nada traumatizante.

Em contrapartida, nesta mesma época, acabei conhecendo pessoas que ao longo do ano descobri serem maravilhosas. Pessoas com quem eu saí pra balada, pro barzinho, pro cinema, pro teatro, pra roubadas e até pra viajar.

Pessoas que quando eu precisei, estavam do meu lado, ouvindo minhas reclamações, me aguentando ser chata e tendo meus piripaques, me confortando, me ajudando (inclusive com um furto de celular numa terra inóspita - Buenos Aires! Kkkkkk), me fazendo rir... E quando eu não precisei, também estavam do meu lado, nem que fosse só pra dar uma simples volta no shopping pra bater um papo, contar as novidades da semana.



Eu sei que um dos meus grandes defeitos é me apegar rápido às pessoas. Outro é esperar muito delas. Mas essas pessoas que eu conheci me deram tudo o que eu mais quis na vida até hoje: me encaixar em algum lugar na vida.

Eu tive uma adolescência difícil. Eu não era a menina mais querida da escola. Aliás, eu não era querida de forma nenhuma. Eu era deixada de lado até mesmo por aqueles que se diziam meus amigos. Não existia esse negócio de bullying na proporção que existe hoje. Ninguém nunca me passou a mão na cabeça porque eu era maltratada (sim, eu não era simplesmente ignorada. Adolescentes, quando querem, sabem ser cruéis). Nem mesmo quando eu cheguei a ser agredida por um marmanjo dentro das dependências da minha querida escola.

E logo que eu saí de lá, eu comecei a namorar. E essa é uma história mais do que batida aqui (pra quem costuma ler o blog). Enfim... E nesse namoro eu desisti da minha vida pra viver a vida do meu parceiro, largando os poucos amigos que eu tinha. Passei a ser amiga dos amigos deles. Mas sempre fica aquela dúvida: "eles gostam de mim por mim, ou por ser a namorada dele"?. Hoje eu sei que, pelo menos alguns deles, gostam de mim, por mim, porque mantiveram a amizade e o contato até hoje.

Enfim, eu nunca tive o que essas pessoas que eu conheci neste ano me deram: o sentimento de beloging. De saber que alguém (além da minha família, claro), se preocupa comigo. De ser convidada pros programas, seja um simples cinema, ou uma mega viagem. Ou simplesmente pra jogar uma conversa fora no chat do facebook. Ou pra perguntar simplesmente se eu estava bem e precisando de alguma coisa. Essas pessoas grudaram em mim quando tentei afastá-las. Elas perguntavam "tá tudo bem?" esperando para ouvir a resposta.

Estas pessoas sim me fizeram me sentir querida. Seja pela companhia pessoal/virtual de todo dia, seja pra me ligar e me desejar boa viagem em todas as vezes que eu viajei sozinha este ano.

Isso em menos de um ano. Em um ano, eu conheci meus novos "amigos de infância". E este, sem a menor sombra de dúvida, foi o melhor presente que eu ganhei este ano! A ponto de pessoas que conheceram nós juntos, se surpreenderem de nos conhecermos há tão pouco tempo.

Obrigada a todos vocês! Amo vocês!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Interlúdio

Um fato sobre mim: eu me apego muito. Tanto às coisas, quanto às pessoas. Tenho ursinhos de pelúcia da minha idade (ou seja, mais velhos do que muita gente que eu conheço!). Um ganhei quando nasci. O outro, foi meu primeiro presente de fim de ano. O último, que vira e mexe me faz companhia durante o sono, ganhei do meu irmãozinho querido, quando ele nasceu.

Talvez eu dê significado demais às coisas (e às pessoas), mais do que elas merecem e que muitas vezes, perdem esse significado durante o tempo e deviam ser jogadas no lixo. Mas eu tô lá, guardando todas elas.

Atualmente me encontro muito apegada a uma coisa que devia jogar fora, porque se desgastou. Mas que eu ainda estou cheia de sentimentos por ela. Minha sapatilha vermelha.

Sei que parece bobo. Ainda mais pra mim que de 5 em 5 minutos tô comprando um sapato novo. Mas a sapatilha vermelha é toda especial!

A começar de quando eu a comprei. Estava eu lá no shopping, um pouco antes de viajar pra Buenos Aires sem intenção nenhuma de comprar sapatos (juro!). Mas aí minha querida amiga Evi entrou na loja à busca de botas. E eu a acompanhei. Resultado: nada de botas e as duas saíram de lá com a mesma sapatilha, na mesma cor, no mesmo número.

E a partir de então, ela quase não saiu do meu pé!

Porque ela é tão importante? Ela esteve comigo em todos os lugares que eu fui. Foi comigo andar pela Nove de Julio e visitar o obelisco em Buenos Aires. Perambulou comigo pela Oxford Street, pelo British Museum e pelos Parques de Londres. Pisou comigo no Louvre, nos Jardins de Versailles e Luxemburgo e por várias ruas de Paris. Penou comigo no trajeto Lisse-Amsterdã, caminhando até o ponto de ônibus, até o trem e da Centraal Station até onde queria chegar. Deu seus rolês em Cuzco. Sambou pela cidade Maravilhosa (pelo menos tentou né?). Sem contar que me carregou pro trabalho e pra vários passeios aqui por São Paulo mesmo!


Como me desfazer de algo que me acompanhou em tão bons momentos? Que me fez tão boa companhia? É verdade que depois de tanto uso ela ficou campenguinha (pra não dizer destruída!).


A verdade é que, apesar de tudo, temos sempre que limpar o velho pra deixar o novo entrar. Seja com coisas ou com pessoas.

Quanto à minha sapatilha, ela estará eternizada na memória e nas fotos! Mas tá na hora dela ter seu merecido descanso! E de eu comprar um par de sapatilhas novas! ;)

Nota da autora: Interlúdio é um intervalo entre dois grandes atos. Meu primeiro grande ato foi minha retrospectiva sobre as minhas viagens! O segundo grande ato está por vir! ;)

domingo, 9 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012 - Parte 1 - Viagens

Deixa eu ver a frase que mais ouvi esse ano... "Nossa Fefa, você vive de férias". Ou talvez tenha sido: "Nossa Fefa, você só viaja!". Hummmm... Queria viver de férias, só viajando! Mas não é bem assim! Verdade, viajei muitoooooo esse ano. Admito, tirei a barriga da miséria! Mas eu me devia isso, pra cada ano perdido, uma viagem! ;)

Comecei o ano em Mongaguá. O que eu prefiro nem comentar. Mas acredito que se lá não é o inferno, com certeza é a filial aqui na Terra! Na mesma semana, voltando de Mongaguá, fui pra Camburi com duas amigas. Acampar. Sim, eu acampei. Quando eu vou fazer isso de novo? Provavelmente nunca! Maaaas... Valeu a pena sim, ficar acampada um dia só pra aproveitar um belo dia de sol na praia!


Viagem seguinte: Ilha de Páscoa, Easter Island, Isla de Pascua, Rapa Nui. Como eu gostei de lá! Mas fiquei lá o tempo necessário: 4 dias. Mais do que isso ia enjoar. Porque por mais instigantes, misteriosos e interessantes que sejam, os moais enjoam uma hora ou outra. Foi a primeira vez que eu vi um vulcão de pertinho (a primeira vez que vi um vulcão foi no Atacama, mas foi de longe). Foi onde eu aprendi a comer camarão! E ganhei uma amiga com quem falo até hoje e é uma pessoa espetacular! (Sol, adoro vc e sua mamis!). (Escrevi sobre isso aqui: http://fefamind.blogspot.com.br/2012/05/fantasy-island.html)


Depois, Buenos Aires! Depois de tantas viagens sozinha, minha primeira viagem acompanhada de duas grandes amigas! Olha, posso ter conhecido lugares belíssimos, muito mais que Buenos Aires! Mas esta, por enquanto (ainda tenho duas viagens pela frente), foi a melhor viagem do ano! A cidade eu já conhecia, então não houveram muitas novidades. Mas foi a primeira vez que fiquei num hostel. E agradeço todos os dias por ter ficado lá! Conheci uma pá de pessoas, diferentíssimas! Umas que eu converso até hoje e vou lembrar sempre com carinho e guardar no coração. Outras, nem tanto! Mas acontece! ;) Enfim, nem ter o iPhone surrupiado por um porteño maldito estragou a viagem! E o que eu sempre digo: o que aconteceu em Buenos Aires, fica em Buenos Aires, mas eu e minhas amigas ainda rimos muito quando lembramos de tudo! (Escrevi sobre isso aqui: http://fefamind.blogspot.com.br/2012/08/buenos-aires-te-quiero.html)


Europa... Ahhhhh Europa! Meu grande sonho realizado! Ainda não fui pro meu destino mais desejado (a Grécia!). Mas, Londres, Paris e Amsterdã deram conta do recado! Londres é definitivamente a cidade que eu gostaria de morar. Multicultural, rápida e funcional! Underground, underground... Como eu te amo! Mas amo também o metrô de Paris, que funciona tão bem quanto. Só que, Paris é muito linda pra ficar se andando de metrô. É mais gostoso andar a pé mesmo, observando uma cidade completamente histórica. Torre Eiffel, acho que até hoje é meu monumento preferido! E antes de continuar, tenho que fazer a menção honrosa à maravilhosa família de Aracaju que me acolheu e me fez companhia enquanto estávamos nos mesmos destinos! E Amsterdã, ô povo simpático! Por mais que tenha sido mega corrido (porque a minha agente fez a c***da de me colocar numa cidade 1:30hs de distância), adorei! Passeei de barquinho nos canais, comi no Hard Rock Cafe a primeira vez na vida! E percebi que ser "tudo liberado" não resulta necessariamente em caos. Daria certo aqui no Brasil? Sinceramente, acho que não. É uma questão cultural que requer uma maturidade do povo, o que nós não temos. (Escrevi sobre isso aqui: http://fefamind.blogspot.com.br/2012/09/realizando-sonhos.html)


Cusco/Machu Picchu! Outro destino exótico da minha lista, checked. Não consigo escrever muitas linhas sobre lá. Ainda não sei se é bloqueio mental ou se é simplesmente porque é tão incrível que não existem palavras que expliquem. Tempo curto para conhecer tudo, foi cansativo, mas lindo! Apesar de que haviam horas de cansaço tão grande que já não conseguia mais nem sorrir pra foto! Ganhei Lima de brinde. Amei, quero voltar com calma! Aliás, ainda faz parte dos meus planos fazer uma viagem: Cusco/Machu Picchu - Linhas de Nazca, Lago Titicaca (o qual eu sobrevoei e falei: noooossa, é tão grande que parece mar) - Copacabana (não é Rio, é Bolívia!) - La Paz - Salar de Uyuni - Atacama. Preciso de um amigo aventureiro como eu como companhia! Alguém me acompanha? (Escrevi sobre isso aqui: http://fefamind.blogspot.com.br/2012/11/aventurando-pelo-mundo.html)




Rio de Janeiro... O Rio de Janeiro continua lindo, mesmo debaixo de chuva! E mesmo com sumiços repentinos! Enfim... Dessa vez deu pra conhecer o Rio um pouco melhor. Pra começar, ficamos em Copacabana, pertinho da praia! Deu pra bater um papo com Drummond, fazer um touch com Caymmi e conhecer  o Forte de Copacabana, que tem uma vista linda! Sugar Loaf, meu lugar preferido, com a vista mais bonita de todas, infelizmente, nublada. Noite na Lapa com direito à passeata de mendigo batendo lata. Crixxxto encoberto, descoberto, cheio de gente mal educada em volta. Lagoa Rodrigo de Freitas com a Árvore de Natal semi montada. Caminhada no Leblon (ahhhh Leblon!). Por fim, uma prainha com mergulho no mar (com escândalo no mar, né Evi?), um pingo de sol, shopping de canga, biquíni e chinelo e Jardim Botânico.

 

O ano tem 365 dias. Minhas viagens duraram cerca de 60 dias (entre férias, feriados e fins de semanas! Não, eu não tenho 60 dias de férias, por mais que eu quisesse ou merecesse). Mas me deram muito mais que uma vida! "Viajar é mudar a roupa da alma", já dizia Mario Quintana. É exatamente isso: é capacidade que te dá de rever a vida, de rever conceitos, dogmas que você mesmo criou para você. É a possibilidade que você tem de mudar depois de ter vivido algo diferente. Se eu vou deixar de viajar? Jamais! Espero que no ano que vem tenha muitas outras! =)