domingo, 16 de dezembro de 2012

Interlúdio

Um fato sobre mim: eu me apego muito. Tanto às coisas, quanto às pessoas. Tenho ursinhos de pelúcia da minha idade (ou seja, mais velhos do que muita gente que eu conheço!). Um ganhei quando nasci. O outro, foi meu primeiro presente de fim de ano. O último, que vira e mexe me faz companhia durante o sono, ganhei do meu irmãozinho querido, quando ele nasceu.

Talvez eu dê significado demais às coisas (e às pessoas), mais do que elas merecem e que muitas vezes, perdem esse significado durante o tempo e deviam ser jogadas no lixo. Mas eu tô lá, guardando todas elas.

Atualmente me encontro muito apegada a uma coisa que devia jogar fora, porque se desgastou. Mas que eu ainda estou cheia de sentimentos por ela. Minha sapatilha vermelha.

Sei que parece bobo. Ainda mais pra mim que de 5 em 5 minutos tô comprando um sapato novo. Mas a sapatilha vermelha é toda especial!

A começar de quando eu a comprei. Estava eu lá no shopping, um pouco antes de viajar pra Buenos Aires sem intenção nenhuma de comprar sapatos (juro!). Mas aí minha querida amiga Evi entrou na loja à busca de botas. E eu a acompanhei. Resultado: nada de botas e as duas saíram de lá com a mesma sapatilha, na mesma cor, no mesmo número.

E a partir de então, ela quase não saiu do meu pé!

Porque ela é tão importante? Ela esteve comigo em todos os lugares que eu fui. Foi comigo andar pela Nove de Julio e visitar o obelisco em Buenos Aires. Perambulou comigo pela Oxford Street, pelo British Museum e pelos Parques de Londres. Pisou comigo no Louvre, nos Jardins de Versailles e Luxemburgo e por várias ruas de Paris. Penou comigo no trajeto Lisse-Amsterdã, caminhando até o ponto de ônibus, até o trem e da Centraal Station até onde queria chegar. Deu seus rolês em Cuzco. Sambou pela cidade Maravilhosa (pelo menos tentou né?). Sem contar que me carregou pro trabalho e pra vários passeios aqui por São Paulo mesmo!


Como me desfazer de algo que me acompanhou em tão bons momentos? Que me fez tão boa companhia? É verdade que depois de tanto uso ela ficou campenguinha (pra não dizer destruída!).


A verdade é que, apesar de tudo, temos sempre que limpar o velho pra deixar o novo entrar. Seja com coisas ou com pessoas.

Quanto à minha sapatilha, ela estará eternizada na memória e nas fotos! Mas tá na hora dela ter seu merecido descanso! E de eu comprar um par de sapatilhas novas! ;)

Nota da autora: Interlúdio é um intervalo entre dois grandes atos. Meu primeiro grande ato foi minha retrospectiva sobre as minhas viagens! O segundo grande ato está por vir! ;)

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