quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Reflexões de ano velho

Comecei 2014 com um desejo muito comum nestes últimos 4 anos: viajar.

Meus planos eram voltar pra Europa, conhecer Itália ou Espanha, próximos países da lista. Voltar ao meu querido Chile...

Nada disso aconteceu.

Foi o ano que menos viajei. Apesar de ainda ter viajado. Conheci Fortaleza, voltei ao Rio (no Carnaval, não recomendo), retornei a Campos e fui novamente a Machu Picchu realizar um dos sonhos da minha mãe. Fora Bragança, Mogi, Piracicaba e Praia Grande que passaram a ser parte da rotina.

Nem sempre as coisas acontecem como planejamos. Mas, isso não quer dizer que elas não acontecem como deveriam. Ou que sejamos menos felizes por não terem ocorrido de acordo com nossos desejos.

Juntei meus trapinhos com meu amor. Ou seja, saí do conforto da casa dos meus pais, onde tinha tudo pronto e quase não tinha gastos e fui viver as dificuldades de uma vida, de fato, adulta. Comprei um carro.

Não tinha nenhum desejo de começar a fazer planilha de gastos. Mas esta se tornou extremamente necessária neste ano. Ou o orçamento não dá. E esta, nunca foi uma das minha preocupações na vida. Mas passou a ser.

Também não tinha vontade nenhuma de virar dona de casa. Aliás, acho que sempre tive horror disso. Mas não tem jeito. Quando você tem sua casa, você quer tudo limpinho, arrumadinho, bonitinho. E não vai ter faxineira no mundo que faça do jeito que você acha que deve ser feito. Pra isso, só você mesmo pegando a vassoura, aspirador, três mil produtos de limpeza, esfregar, esfregar, esfregar... Tudo isso, trabalhando fora também (serviço de casa é muito pior, sou obrigada a concordar, mamis).

Não me imaginei comprando um caderno de receitas e começar a cozinhar. Tá certo, cozinha não é meu ponto forte. Mas, de vez em quando, é bom fazer alguma coisinha diferente e deixar seu namorado feliz. Aprendi a fazer risoto, suflê, em breve sairá uma torta, e pretendo continuar aprendendo a partir de agora.

Ficar em casa. Eu tinha faniquito. Não suportava a idéia de passar um sábado dentro de casa. Mas hoje não é tão difícil assim. Aliás, nada mais gostoso do que assistir um filminho e tomar um vinho do lado do seu companheiro, no seu sofá novo, na sua própria casa.

Enfim, 2014 certamente não saiu como o planejado. Aliás, nem sonhado foi. Mas com certeza, nunca me senti tão feliz como me sinto hoje: quebrada, cansada, com as unhas estragadas, sem viajar (e sem planos pra isso). Mas as pessoas que hoje me rodeiam tornam tudo isso pequeno, diante do simples de estar com elas.

Pra 2015 não quero fazer planos. Vou apenas viver a vida como ela se apresentar a mim. Porque, sinceramente, não posso reclamar do que ela tem me presenteado.

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